Pandeiros, surdos, atabaques, cavacos, violões, tamborins vão cantando desde às 18h. Samba do chão ao teto, fugindo pelas frestas. Gente no pátio, no salão. Quando badalam 21h, alfaias, gonguês, caixas, ganzás, timbais, abês e dançarinas entram para conversar. É do samba que vem a chamada: pode entrar. Por alguns instantes, catarse, comunhão do Samba e do Baque Virado. Aquele momento não é para ouvir o fá, o ré sustenido: é só para sentir a pele vibrando junto com os tambores, junto com todos. É um abraço, e no abraço eu não contemplo necessariamente os olhos do outro, me entrego ao contato, com o olhar no horizonte e o peito no peito. O samba se despede dizendo um até logo e deixa tudo aquilo pra nova turma. Quanta generosidade.
http://www.youtube.com/watch?v=alZ8QsK4eEg
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